segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Symbian aposta em futuro livre e de códigos abertos

Paul Sandle

Usuários do sistema operacional para celulares Symbian, que se reúnem esta semana em Londres, esperam que a abertura do software e sua distribuição gratuita ajude a plataforma a ganhar força diante de novos rivais, como Apple e Google.

A conferência de dois dias é a primeira desde que a Nokia, maior fabricante mundial de aparelhos celulares, anunciou em junho que compraria a participação de seus parceiros na empresa da Grã-Bretanha por 410 milhões de dólares, e tornaria seu software livre de royalties para todos os fabricantes de celulares.

A Nokia decidiu criar a Fundação Symbian, sem fins lucrativos, e tornar o sistema operacional de dez anos uma plataforma livre e gratuita a partir do primeiro semestre de 2009.

Cerca de 40 companhias disseram que irão se unir à fundação.

O Symbian lidera o ramo de smartphones — aparelhos celulares que têm funções de computador — mas tem sido pressionado pela fabricante do Blackberry, a Research in Motion, e da plataforma livre e gratuita do Google, a Android.

Os concorrentes fizeram com a que a participação de mercado do Symbian caísse para 57 por cento no segundo trimestre, ante 66 por cento no mesmo período há um ano, enquanto a RIM tem 17,4 por cento do mercado, e o Windows Mobile, 12 por cento, de acordo com a empresa de pesquisas Gartner.

"É difícil de se manter líder quando você tem mais e mais competição", disse Carolina Milanesi, analista da Gartner. "A longo prazo, eles verão as ações se desvalorizarem à medida que a Apple, a Research in Motion e a Microsoft tentam entrar no mercado de consumo."

O Symbian, que é suportado pela Samsung, Motorola, AT&T, Sony Ericsson e LG, ficou para trás em termos de demanda por tecnologias sensíveis ao toque, que foram inauguradas pelo iPhone da Apple.

(Reportagem adicional de Tarmo Virki)

Reuters

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